Existe uma região do universo que atrai centenas de galáxias. A área chamada grande atrator Tem um poder assustador, pois atrai esses objetos a uma velocidade de 600 quilômetros por segundo. Desde a década de 1970, é considerado o “destino final” de bilhões de planetas, estrelas, cometas e poeira cósmica.
Neste artigo vamos contar o que é o Grande Atrator, suas características e importância.
Qual é o Grande Atrator
Localizado no coração de Laniakea, a uma distância de aproximadamente 250 milhões de anos-luz da Terra e da Via Láctea, o Grande Atrator é uma aberração gravitacional. Apesar de sua existência, não temos certeza de sua identidade e não temos informações concretas. Contudo, temos certeza de uma coisa: O Grande Atrator exerce um nível de influência insondável. Sua força gravitacional é tão colossal que atrai a nós e às 100.000 galáxias que compõem Laniakea em sua direção.
Como um imã colossal ou um abismo no cosmos, esta entidade está consumindo tudo num raio de 300 milhões de anos-luz. Estamos constantemente avançando em sua direção a uma velocidade de 600 km/s, a cada dia, minuto e segundo que passa. O destino permanece um mistério, mas o seu poder absoluto obriga-nos a resistir à expansão natural do Universo.
O Grande Atrator continua sendo um enigma na vasta extensão do Cosmos. Apesar de todos os nossos esforços, ainda não descobrimos nenhum sinal de sua existência. É um espaço aparentemente vazio, mas sua atração gravitacional é tão forte que nos forçou a reavaliar nossa compreensão do Universo. Essa força inexplicável desafiou nossas ideias preconcebidas e derrubou nossas suposições, deixando-nos maravilhados com os mistérios que ainda nos iludem.
Origem do Grande Atrator
A descoberta do Grande Atrator tem uma história rica e complexa. As suas origens remontam ao início da década de 1970, quando os astrónomos começaram a observar galáxias na direção das constelações Centaurus e Hydra. Estas observações revelaram um padrão de movimento peculiar: As galáxias desta região moviam-se em direção a um ponto específico no espaço a uma velocidade surpreendente. Essa anomalia levou à hipótese de que existia uma força gravitacional massiva, que mais tarde foi chamada de Grande Atrator.
Apesar de décadas de estudo, a natureza e a localização exata desta força permanecem um mistério, mas continua a intrigar e a inspirar astrónomos e astrofísicos de todo o mundo. No ano de 1929, Edwin Hubble, um renomado astrônomo americano, fez sua descoberta mais importante. O Hubble descobriu que embora certas nebulosas extragalácticas parecessem estar se aproximando da Terra, o desvio para o vermelho detectado nessas formações indicou que quase todas elas estavam, na verdade, se afastando do nosso planeta. Para mais informações sobre seu impacto na astronomia, você pode consultar o artigo sobre Edwin Hubble.
Hubble foi levado a considerar que ou estávamos situados numa área surpreendentemente única do cosmos onde, por um golpe de sorte quase incrível, tudo se afastava de nós, ou o Universo, juntamente com o espaço interestelar, estava na verdade em expansão.
Importância do Grande Atrator
Vamos ver quais são os aspectos mais importantes do Grande Atrator. Primeiro, o Grande Atrator é um ponto no espaço em direção ao qual a Via Láctea e muitas outras galáxias estão se movendo ao longo do tempo cósmico. Essa atração gravitacional É um dos principais motores que influenciam a dinâmica da nossa vizinhança cósmica. Sua massa é tão colossal que exerce uma influência gravitacional significativa, que pode ser comparada a uma espécie de “centro de massa” do universo observável. Isto significa que a Via Láctea e outras galáxias próximas são afetadas pela sua gravidade, que influencia a sua velocidade e direção de movimento à medida que viajam pelo espaço.
É um ponto de convergência para muitos fluxos de galáxias no Superaglomerado de Virgem, que É um imenso grupo de galáxias que inclui a Via Láctea. Esse fenômeno é crucial para entender a distribuição de matéria no universo em larga escala. À medida que as galáxias convergem em direção ao Grande Atrator, elas podem colidir e se fundir, levando à formação de galáxias maiores e mais complexas e à criação de estruturas de grande escala, como superaglomerados e filamentos de galáxias. Para mais informações sobre como essas galáxias estão conectadas, convidamos você a explorar o tópico de Laniakea.
Além disso, o estudo do Grande Atrator e sua influência na Via Láctea é essencial para a compreensão da expansão do universo. A interação entre a expansão cósmica e a atração gravitacional do Grande Atrator lança luz sobre a taxa de expansão do universo e a quantidade de matéria nele contida. Esse É fundamental para a compreensão dos processos cosmológicos e da natureza da energia escura, uma força misteriosa que parece acelerar a expansão do universo.
A Via Láctea será engolida?
A possibilidade da Via Láctea ser “engolida” pelo Grande Atrator é um cenário que tem sido alvo de discussão na comunidade astronômica, mas é importante entender que essa ideia não se enquadra exatamente na realidade observada no cosmos. Em vez de ser engolida, a Via Láctea e Outras galáxias próximas estão sendo atraídas em direção ao Grande Atrator devido à sua influência gravitacional.
O Grande Atrator não é uma entidade devoradora no sentido literal, mas sim uma região do espaço com grande concentração de matéria que gera uma atração gravitacional significativa. À medida que a nossa galáxia e outras galáxias próximas se aproximam do Grande Atrator, o seu movimento pode mudar e as órbitas de estrelas e sistemas estelares individuais podem ser alteradas. No entanto, não se espera que a Via Láctea seja destruída ou “engolida” diretamente pelo Grande Atrator.
A interação gravitacional entre A Via Láctea e o Grande Atrator é um processo gradual e complexo que afeta a dinâmica orbital das galáxias, mas não implica uma colisão catastrófica. Em vez de ser destruída, é mais provável que a Via Láctea continue orbitando o Grande Atrator à medida que ambas as entidades continuam a sua jornada através do universo em expansão.