
Um dos sistemas montanhosos mais conhecidos do mundo é o Cordilheira dos Andes. É encontrada na América do Sul e é considerada a maior cordilheira e a segunda mais alta do mundo depois da Himalaia. A origem do nome desta cordilheira não é muito clara já que é possível que tenha surgido por várias possibilidades. Uma possibilidade é que andes vem da palavra anti do Quechua, o que significa "crista elevada". Outros pensam que deriva do nome Antisuyo que é uma das 4 regiões do império Inca.
Neste artigo vamos contar a você todos os características da cordilheira dos Andes e a importância que tem em termos de biodiversidade e recursos naturais.
Características principais

É uma cadeia montanhosa paralela à costa e situada numa região com elevada atividade sísmica e vulcânica. Esta atividade sísmica e vulcânica é a causa de ter instabilidade geológica e ter picos tão altos. Se encontra no Anel de Fogo do Pacífico. Apesar de apresentar essas instabilidades devido à sua grande área, possui a menor concentração de oxigênio devido à sua altitude. Apesar disso, tem vários povos nativos encontrados em toda esta região que se adaptaram tanto ao relevo quanto à altitude. Além disso, esse fenômeno está relacionado à baixa concentração de oxigênio em altura.
O Império Inca é um dos povos mais famosos que habitaram os Andes durante os tempos pré-hispânicos. Sua cidade icônica, Machu Picchu, foi construída neste local a mais de 2400 metros acima do nível do mar. O comprimento total desta cordilheira é de aproximadamente 7.000 quilômetros. Tem entre 200 e 700 quilômetros de largura, dependendo da área onde estamos. A cota máxima dos picos que esta cordilheira apresenta é de 6962 metros. Sua elevação máxima é Aconcagua, que é um exemplo da majestade do .
Para localizar essa cadeia de montanhas, temos que ir até a região oeste da América do Sul, que começa na costa caribenha até o extremo sul do continente. Ela atravessa um total de 7 países, incluindo Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Chile e Argentina.
Picos mais altos
Os picos mais altos da Cordilheira dos Andes são encontrados no Peru, Argentina e Equador. O resto dos picos mais baixos são encontrados no extremo norte e sul. A cordilheira é composta por várias montanhas e vulcões entre os quais se encontra o conhecido Aconcágua e outros como os seguintes: Nevado Ojos del Salado, Huascarán, Chimborazo, Nevado del Ruiz, Galeras e Bonete.
Alguns dos vulcões mais ativos do planeta estão nesta cordilheira. No total, pode-se dizer que possui cerca de 183 vulcões ativos que são objeto de estudos geológicos. Essa presença de atividade sísmica e vulcânica cria algumas fontes termais e outros depósitos minerais de grande interesse econômico. Isso inclui vulcões nos Estados Unidos que estão enfrentando ameaças e locais-chave, semelhantes à atividade da cordilheira dos Andes, que podem ser expandidos no artigo sobre vulcões nos Estados Unidos.
Divisão da Cordilheira dos Andes

Toda a cadeia de montanhas pode ser dividida em três seções. O primeiro está localizado na zona norte, que inclui partes da Venezuela e da Colômbia. A segunda parte é considerada uma das regiões centrais dos Andes e corresponde às cidades da Bolívia, Peru e Equador. Por fim, temos a terceira parte da cordilheira chamada Andes Meridionais, que corresponde às cidades do Chile e da Argentina.
Essa divisão serve para estabelecer uma espécie de fronteira natural entre os diferentes países que coexistem com essa cadeia de montanhas. Também serve para separar algumas regiões dentro dos próprios países. Embora as montanhas estejam localizadas principalmente nos trópicos, existem picos altos que, devido à sua altura, eles ficam cobertos de neve na maior parte do ano e, como resultado, abrigam geleiras. A presença de glaciares é também motivo de preocupação devido à sua ligação às alterações climáticas, como se observou em o derretimento das geleiras no Peru. Este fenômeno relacionado ao aquecimento global afeta a biodiversidade no .
Essas geleiras são as que estão ameaçando o aumento do nível do mar devido ao aquecimento global. Grande parte deste território apresenta condições áridas, especialmente na parte oriental. Porém, se formos para a zona ocidental, encontraremos um regime de chuvas mais abundante, contraste que pode ser observado em diferentes cadeias de montanhas o mundo.
Possui um terreno bastante acidentado como resultado dessa atividade sísmica contínua. Na região andina, podemos encontrar diversos planaltos em altitudes consideráveis, onde estão localizadas algumas das mais importantes cidades sul-americanas, como La Paz, Quito e Bogotá. Este planalto é o segundo maior do mundo, surgindo entre a Bolívia e o Peru e Ele está localizado a uma altitude de mais de 3.600 metros acima do nível do mar.
Origem da Cordilheira dos Andes

Esta orogenia vem da era Terciária do Mesozóico. Eles estão localizados em uma região tectonicamente ativa e terremotos e erupções vulcânicas são eventos frequentes. Ter uma atividade sísmica contínua ao longo do tempo e ter picos muito pronunciados, esta cordilheira é considerada geologicamente jovem.
Pensa-se que a sua formação teve origem após a fragmentação da Pangéia e que, na época dos dinossauros, toda a região era ocupada por um grande lago ou um mar interior. Após a divisão da Pangéia, as placas tectônicas continuaram a se mover ao longo de todos os anos do período Jurássico até que, durante o Cenozóico, a placa de Nazca e a placa Antártica movidas abaixo da placa sul-americana.
Esse deslocamento das placas levou à criação de uma zona de subducção e as placas começaram a colidir. Isso fez com que uma força fosse exercida, comprimindo a crosta e, como resultado, ocorreram terremotos intensos que fizeram com que a crosta fosse empurrada para cima e dobrada, formando as cristas que se tornaram montanhas. Essas montanhas vêm crescendo há 100 milhões de anos, especialmente com maior atividade durante o Cretáceo e Terciário.
Flora e fauna

Por ser tão grande, há uma grande variedade de climas e ambientes. Com todos esses climas, há uma grande variedade de flora e fauna. Há regiões onde apenas alguns seres vivos conseguem viver, mas nas demais coexistem milhares de espécies. A biodiversidade na serra torna-se fundamental para a compreensão da sua ecologia, que está relacionada com a mudança climática e seu impacto nos ecossistemas.
Entre a fauna mais destacada encontramos a sapos gigantes do Lago Titicaca, galo-das-rochas andino, lhamas, pumas, beija-flores e gambás, entre outros. Quanto à flora, destacam-se as florestas secas e as selvas tropicais. A vegetação é um pouco mais esparsa com presença de gramíneas.
Espero que com essas informações você possa aprender mais sobre a Cordilheira dos Andes.