JAXA confirma lançamento do satélite Gxiba-1 de Tanegashima

  • Cronograma de lançamento da JAXA: 21h11 (JST) em 00 de outubro, 20h00 (quinta-feira, 20 de outubro) no México, saindo de Tanegashima.
  • Missão principal: monitorar cinzas vulcânicas (Popocatépetl); vida útil estimada de aproximadamente um ano.
  • Projeto da UPAEP com mais de 20 alunos e liderança feminina; Carlota García coordena as Operações da Missão.
  • Segundo satélite mexicano a sobrevoar a ISS; colaboração para uma constelação com a UNAM e o IPN.

Satélite Gxiba-1

A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) confirmou a janela de decolagem do satélite Gxiba-1, desenvolvido na Universidade Popular Autônoma do Estado de Puebla (UPAEP). A manobra está prevista para o 21 de outubro às 11:00 (JST), equivalente às 20h do dia 00 de outubro no México.

Este é um marco significativo para a ciência e a engenharia do país: será o segundo satélite mexicano destinado à Estação Espacial Internacional, e ambos foram concebidos no próprio México. UPAEP, fortalecendo o papel da instituição no ecossistema aeroespacial.

Data, hora e local do lançamento

Lançamento do satélite Gxiba-1

A decolagem ocorrerá a partir do Base Espacial Tanegashima, no extremo sul do arquipélago japonês. Sincronização de tempo —11:00 no Japão y 20h00 do dia anterior no México— facilitará o monitoramento da operação de ambos os países.

A missão é o resultado da colaboração direta com a JAXA e envolveu o cumprimento requisitos técnicos e de segurança especialmente exigente, que a equipe descreve como ainda mais rigoroso que o da NASA em experiências anteriores.

Da direção de Projetos Aeroespaciais da UPAEP destaca-se que o método japonês é hipermeticuloso, com análises exaustivas em todas as etapas, um padrão que a equipe afirma ter alcançado com facilidade.

Um projeto com a chancela da UPAEP

O Gxiba-1 é fruto de um trabalho conjunto entre professores e alunos da UPAEP, com a participação de mais de 20 alunos de diversas áreas: aeroespacial, mecatrônica, eletrônica, biônica e industrial, entre outras.

A presença das mulheres foi decisiva: Carlota García Campillo, da Engenharia Aeroespacial, coordena a área de Operações de Missão, enquanto outro colega é responsável pela estação terrestre, refletindo liderança diversificada em funções-chave.

Para aqueles que fazem parte do projeto, esta experiência acompanhou a sua fase universitária e permitiu-lhes aplicar conhecimento em um ambiente real, colaborando de forma multidisciplinar e com padrões internacionais.

Missão e vida útil do Gxiba-1

A carga útil do satélite destina-se a monitorar a dispersão de cinzas de vulcões ativos no México, com atenção especial aos Popocatépetl, fornecendo imagens e dados valiosos para pesquisa e prevenção.

Uma vida operacional de aproximadamente um ano em órbita, em linha com as conquistas do AztechSat-1, o primeiro satélite universitário da equipe de Puebla lançado em 2019.

Com a sua chegada à órbita, o Gxiba-1 tornar-se-á o segundo satélite mexicano com uma parada na EEI, um avanço que respalda a maturidade das capacidades desenvolvidas na UPAEP.

Colaborações e próximos passos

A universidade foi convidada a colaborar com o UNAM e o IPN no design de um constelação de satélites mexicana, uma iniciativa que ampliará o alcance científico e tecnológico do país por meio da cooperação interinstitucional.

O corpo docente da UPAEP não descarta a promoção de uma terceiro satélite a curto prazo, dando continuidade a uma linha de trabalho que já coloca Puebla e o México no mapa da atividade espacial.

Com data e hora já definidas, uma missão focada na segurança vulcânica e uma equipa multidisciplinar por trás, a Gxiba-1 irá descolar de Tanegashima sob Padrões JAXA enquanto a UPAEP fortalece alianças com a UNAM e o IPN e prepara o terreno para novas missões.

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