O intenso calor extremo registado em Espanha entre meados de maio e meados de julho causou um número anormalmente alto de mortes relacionadas às altas temperaturas. De acordo com dados compartilhados pela Agência Meteorológica Estadual (AEMET), o Instituto de Saúde Carlos III e o Ministério da Saúde, desde a ativação do plano de emergência de calor, houve 1.180 mortes atribuídas ao calor neste curto período. Este aumento representa um aumento de mais de 1.300% em relação ao mesmo período do ano passado, quando apenas 70 vítimas foram contabilizadas.
O fenômeno foi especialmente impactando comunidades como Galiza, La Rioja, Astúrias e Cantábria, áreas do norte, onde os verões costumavam ser caracterizados por temperaturas mais amenas e agora apresentam um aumento acentuado na vulnerabilidade a ondas de calor. Especialistas alertam que essa situação pode estar relacionada à falta de adaptação estrutural e social a episódios extremos nessas áreas.
Perfil da vítima e distribuição demográfica
Análise detalhada do casos fatais revela que a grande maioria, 95%, corresponde a pessoas com mais de 65 anosDeste grupo, aproximadamente seis em cada dez eram mulheresFatores como maior longevidade das mulheres e características fisiológicas específicas influenciam sua maior exposição ao risco nessas ondas de calor.
Alertas e registros de temperatura
Durante estes dois meses, foram emitidos 76 alertas vermelhos devido às altas temperaturas, o maior valor desde o início dos registros, enquanto no ano anterior nenhum foi ativado neste intervalo. Os dados da AEMET mostram que Junho atingiu uma temperatura média de 23,6°C, superando o máximo anterior de 2017 em 0,8°C e atingindo 3,5°C acima da média climática de 1991 a 2020. Para entender melhor como as mudanças climáticas estão aumentando esses eventos extremos, você pode consultar o impacto das mudanças climáticas nas ondas de calor.
Entre as mortes registadas, Dez foram causadas diretamente por insolação, afetando diferentes faixas etárias, embora predominem os mais velhos. A primeira quinzena de julho refletiu uma Aumento de 47% nas mortes devido ao calor em comparação a todo o mês de junho, mostrando que a tendência não só cresce, mas piora à medida que o verão avança.
Este aumento alarmante na mortalidade associada a ondas de calor Isso coloca a Espanha no topo da Europa em termos de pessoas afetadas por eventos climáticos recentes. O Ministério da Saúde e as organizações envolvidas enfatizam a importância de medidas preventivas e a necessidade de adaptar a infraestrutura e conscientizar a sociedade diante de condições climáticas cada vez mais extremas.
O número de mortes e o registro de temperaturas extremas ressaltam os desafios enfrentados tanto pelo sistema de saúde quanto pela sociedade como um todo diante do avanço das mudanças climáticas. O calor extremo está tendo consequências muito mais sérias do que o esperado., especialmente em grupos e regiões vulneráveis que até agora não eram considerados de risco.
